Mirone Maria Longo de Campos
O EU E O EGO, COM QUAL ME IDENTIFICO?
O verdadeiro “eu” permanece escondido lá dentro, e de tempos em tempos você pode sentir-se desconfortavelmente ciente de que você está representando como um ator, ao invés de ser realmente quem você é.

A vida é uma série de estágios que são construídos um em cima do outro. Durante cada estágio nós aprendemos diversas habilidades, que nos ajudam a passar para a próxima fase. Cada estágio forma uma jornada, um movimento para experienciar.
O autor Brian Hawker afirma que: no início construímos os alicerces; nascemos com um centro interior ou essência que é chamado de ego. É o “eu-sou-eu” do seu ser único. É alimentado pela centelha divina dentro de nós, não precisa de espelho. É esse eu que nos faz sentir voltados à humanidade, solidários, integrados ao TODO, o amor universal.
Este centro interior é muito vulnerável e tem um mundo fora de si mesmo com o qual lidar, que parece ser ameaçador.
Gradualmente somos desmamados da dependência dos nossos pais, e passamos a vivenciar ser um indivíduo à parte deles, respondendo ao mundo externo com nossos próprios termos.
Nós todos, neste estágio vulnerável, procuramos proteger nosso frágil centro ou “eu interior” colocando algo, como um arame farpado ao redor dele.
Este mecanismo de defesa requer que você construa um outro eu, não realmente um eu verdadeiro, o qual age em relação ao mundo exterior.
Este “falso eu” é o que chamamos de ego – uma personalidade ou papel escolhido, espelhado nos outros, pois é criado em nós pelo ambiente, pela sociedade em que vivemos, pelos pais e pelos parentes que nos rodearam quando crianças.
Como iremos desempenhar este papel irá depender muito das circunstâncias externas, e daquelas que o fazem crescer.
Um pai e uma mãe perfeccionista exigirá que você faça tudo certo, e você estará em prontidão para não desagradar.
Se você foi superprotegido, pode se tornar uma pessoa muito necessitada em busca de atenção.
Se seus pais estão sempre ocupados com suas próprias vidas e trabalho, talvez você esteja tentando ser todas as coisas para todas as pessoas....
Enfim, como você reage a todos os estímulos recebidos é o que forma a sua personalidade, seu caráter e tudo o que os outros chamam de você.”
Se pergunte: Quais as mensagens do pai ou da mãe que conscientemente ainda sente que precisa obedecer?
O verdadeiro “eu” permanece escondido lá dentro, e de tempos em tempos você pode sentir-se desconfortavelmente ciente de que você está representando como um ator, ao invés de ser realmente quem você é.
Para chegar ao lar do seu verdadeiro eu, precisa construir um lar que se sinta confortável consigo mesmo.
E isto envolve uma compreensão do seu crescimento interior.
Nós nunca seremos capazes de viver totalmente livres do ego durante esta vida, ele nos é útil, faz parte da nossa personalidade e não podemos prescindir dele, pois vivemos numa sociedade e precisamos estar inseridos nela, nos espelhando e nos adequando a ela, mas podemos permitir que nosso eu-egocêntrico diminua, que nossas máscaras caiam. Nos habilitando não para as orientações da autoridade dos nossos pais, ou pelas nossas próprias expectativas de prestígio, poder ou segurança material, mas sermos conduzidos pela nossa verdadeira essência, a retomada do nosso verdadeiro “eu”, que é o que Carl Yung, o psicólogo suíço, chamou de caminho da existência individual.
Eu sei que é difícil reconhecer a diferença entre o Eu e o Ego e sua interligação!
Mas, procure praticar a conexão com esse eu verdadeiro.
Começará a viver uma vida de serenidade e de paz interior.
Por Mirone de Campos
Terapeuta Integrativa e Mastercoach
COMENTÁRIOS